quarta-feira, 4 de maio de 2011

Estereótipos

existem muitas coisas esteriotipadas, algumas são bem evidentes, por exemplo, a imagens que as pessoas tem de um cientistas, ou de um psiquiatra, muitos dizem que são doidos, malucos...não sei porque essas imagens tomam conta do imaginário popular, mas muitas pessoas pensam assim. Uma que tenho convivido e sou obrigado a viver e ver é a que diz respeito aos deficientes físicos (sou um deficiente físico), hoje não tanto quanto antigamente, mas ainda há muito preconceito em relação como as pessoas vêem a gente. As pessoas imaginam que deficiente não escuta, não pensa, não fala, é comum uma pessoa falar com quem está acompanhando o deficiente e perguntar o nome do sujeito, comigo já aconteceu muito, acontece com cegos, cadeirantes, é uma ignorância, mas existe e muita. As pessoas não imaginam que um deficiente físico é alguém como outra pessoas qualquer, tudo que uma pessoa "normal" faz, um deficiente faz também, vai a banheiro, toma banho, urina como, bebe, faz sexo, se apaixona, chora, ri, gosta, desgosta...
Eu comecei a escrever, eu ia falar de estereotipias a respeito de profissões e outras coisas, mas no fim acabei falando de deficiente físico, eu já devo ter escrito alguma coisa sobre isso, mas sempre vale falar mais sobre o assunto porque o mundo está mudando e mudando rapidamente. Se antigamente um deficiente era alguém que ficava num quarto, ou num porão, hoje, não é mais assim, eu conheço muitos que levam uma vida bem legal e produtiva, lutam por várias coisas, lutam por melhores espaços, melhores oportunidades, lutam por um amor, por um emprego...
No meu ponto de vista, um cadeirante não precisa ser visto como uma pessoa "normal", pra mim o normal é alguém andando, caminhando, escutando, enxergando,  mas o que interessa é que nossos direitos sejam respeitados porque somos diferentes, por isso precisamos que nossos direitos sejam respeitados, através das leis conseguimos ser menos diferentes. 
O que é legal é que a gente, deficiente, pode fazer parte da sociedade e enfrentar nossos obstáculos tendo as pessoas amigas, as pessoas sem deficiências e com deficiências nos apoiando e dando a maior força pelo aquilo que lutamos.
Sendo assim, diferentes ou não, vamos levando nossa vida em frente buscando ou seguindo pela nossa vereda que é longa, nossa estrada tem muitos obstáculos, preconceitos, pedras no caminho...

Abaixo, um vídeo que fala um pouco sobre a história da deficiência e a sociedade.


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