quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pessoa com deficiência.

A gente quando viveu um certo tempo, que é o meu caso, quer queira ou não, tem uma experiência, passou por coisas que faz que esse conhecimento empírico seja muito gostoso, o tempo nos ensina muitas coisas, esse aprendizado é tão bom que o passar do tempo nos deixa felizes mesmo sabendo que a idade também nos traz coisas ruins, mas a experiência é muito boa, mas por que estou falando isso?

Pra quem não sabe, sou um deficiente físico. Qualquer pessoa que me vê, de cara, vê que sou deficiente, falo isso pra dizer que eu tenho vivido épocas diferentes, ou seja, há alguns anos, as pessoas eram diferentes, eram muito mais preconceituosas, eu comparo com o pessoal de hoje e não tenho a menor hesitação em dizer que, apesar de tantas coisas ruins, em muitos aspectos, hoje o mundo está muito melhor. Quando falo em preconceito, me incluo nesses preconceituosos, pra mim o homem é um produto do meio, acredito na adaptação, no condicionamento, hoje me vejo uma pessoa melhor, é um círculo, me veem melhor porque me vejo melhor, me vejo melhor porque me veem melhor, é infinito...como eu dizia, essa questão do deficiente é muito ampla, claro que ser deficiente não é bom, o bom é ser uma pessoa com todas as funções de um ser humano, andar, enxergar, falar, ouvir, todos os sentidos e movimentos e mais alguma coisa, sei lá...Nos dias atuais tudo mudou nesse aspecto, o deficiente físico (hoje em dia se fala "pessoa com deficiência"), uma pessoa de cadeira de rodas, agora é um "cadeirante", eu achava esse termo cadeirante, uma palavra feia, hoje já faz parte do vocabulário normal.
Muitos deficientes físicos fizeram parte da história do mundo, um deles foi o presidente americano Franklin Delano Roosevelt que era um cadeirante por ter contraido poliomeelite aos 39 anos de idade. outro cara, mas muito mais recente foi o ator americano Christopher Reeve que ficou famoso ao interpretar o Super Homem no cinema, mas que teve sua carreira interrompida por um grave acidente, uma queda de um cavalo, quebrando o pescoço tornando desse dia em diante um tetraplégico, mas isso possibilitou que entrasse na mídia mundial esse tema, a deficiência física, as células troncos, tecnologia essa que foi impedida pelo presidente Bush, mas que teve uma evolução pelos esforços de Reeves que através da sua fundação possibilitou o início de pesquisas nessa área, ou seja, células troncos usadas para a recuperação de pessoas que tiveram algum tipo de lesão na coluna.
Se eu fosse falar de mais pessoas com deficiência não conseguiria terminar o assunto, mas fica aqui um alerta de que a vida não para com a deficiência, pode até ser um novo início pra uma vida com novos valores. A vida segue...