sexta-feira, 24 de julho de 2009

O homem continua o mesmo

Nesses últimos dias aconteceram tantas coisas que se a gente quiser refletir sobre elas, dá pra pensar pra caramba!

Um caso que aconteceu foi o caso do avião da Air France, centenas de pessoas morreram, alguns corpos foram encontrados, na sua maioria, não! foi triste? foi e é muito triste porque quem morreu se foi, quem ficou vivo, e verdadeiramente amava seu ente querido, sofrerá pra sempre, a pessoa sempre estará faltando, a saudade pra quem ama é pra sempre. triste também porque as pessoas (os corpos) que não foram encontrados trazem um problema psicológico para àqueles entes queridos que vivos ficaram, parece que se não há corpo, não há morto, isso acontece, o não encontrar o morto, faz parecer que não houve morte, mas não há como fugir da realidade, é preciso admitir, é até uma questão legal onde a justiça depois de um tempo admite a morte e dá o atestado de óbito para fins jurídicos, indenização, pensão, etc... quem pode falar melhor sobre isso é algum advogado. Voltando aos acontecimentos que a toda hora nos chegam, temos o mais forte de todos que aconteceram recentemente, foi a morte do cantor Michael Jackson que mobilizou o mundo e está mobilizando ainda, ou seja, nós seres humanos adoramos quando acontece alguma coisa com alguém famoso, e põe famoso nisso! Jackson era ótimo cantor, bailarino, compositor, mas era também estranho, esquisito, cheio de coisas que chamavam atenção da mídia, e como a mídia gosta disso. A imagem do Michael Jackson era diferente, ele era branco ou preto? homem ou mulher? parece brincadeira a gente estar falando de uma pessoa que já morreu dessa forma, mas a realidade é essa, ele era um andrógeno, uma pessoa muito diferente de uma pessoa comum, mas ele era uma pessoa, um ser humano, porém, parece que não era visto assim, nem pelos outros e nem por ele mesmo.
A aceitação de como somos é parte essencial pra nossa felicidade, se eu negar minha história não serei uma pessoa completa, o que sou hoje é o resultado do meu viver, da vivência, mas o que sou hoje é o resultado de vários períodos da minha vida. Outra coisa, se eu não me aceitar fisicamente, se eu nunca me aceitar como sou, serei um eterno insatisfeito, é a tão falada síndrome do corpo disforme, nossa imagem, nesse caso, nunca será legal porque, na verdade, quem tem que gostar de de mim primeiro, gostar da minha imagem, ou me aceitar, sou eu mesmo. Tudo parece redundâcia, mas é assim que acontece.
Teria muito que falar, mas não vou falar agora, voltarei a este tema, sobre mitos, sobre pessoas que ao morrerem ficam mais vivas ainda, o mito, não no sentido original que é uma narração, ou até nesse sentido também, mas falo de mito como pessoas em que colocamos nelas uma representante, nós as endeusamos e fazemos com que seja ela um representante de tudo o que é fantasias nossas, ou seja esse deus levará nossos sentimentos bons e ruins, será um "eu" com todo o exagero possível...o olimpo está mais vivo do que nunca, o ser humano é o mesmo de há 3000 anos.