sábado, 21 de setembro de 2013

Eu tenho um sonho

Eu vou bem, estou indo! estou na luta buscando vitórias...
Na verdade, escrevi essa frase acima, porque no mundo que a gente vive, quase ninguém quer mais  saber como anda o outro, como o outro está... as pessoas não se importam mais pelo outro. Muitas vezes parece que a pessoa gosta da gente, mas não passa de um interesse, ela está só, daí nos procura, mas tão logo ela se ache, ela te abandona como se nunca tivesse precisado de você... nem falo do interesse material que existe e está a nossa volta, vale mais quem tem mais, eu falo do interesse das pessoas que buscam nossas boas energias...
Eu sou discrente do ser uma humano de uma forma geral, existem muitas pessoas humanas, muitas pessoas boas, mas não são maioria, muito pelo contrário, são minoria absoluta, são poucas, são raras.
Eu acho tão lindo o discurso de Luthe King (I have a dream - Eu tenho um sonho) quando ele fala que tem um sonho, um sonho de liberdade de um dia ver negros e brancos sentados à mesa, fala que um dia ninguém seria mais diferenciado por sua cor, mas pela pessoa que é... é um sonho que também tenho, um sonho de um mundo de paz e mais humanidade onde o valor do ter seja muito menor que o ser, onde a aparência ou cor da pele não importe, mas sim o que a pessoa é...
Veja  um pouco sobre Luther King
 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Passeatas

Nos últimos dias o Brasil foi aturdido por diversas manifestações que, num primeiro momento, pedia a revogação dos aumentos das passagens dos transportes públicos, em média  pediam que fossem abaixadas em R$ 0,20, muito pouco, mas claro não era esse somente o motivo das passeatas, os motivos são inúmeros, nem se pode enumerar, é um acumulo de tantas coisas, é um acumulo de tantos desaforos, de tantas atribulações por qual o povo brasileiro tem passado.
A gente na nossa vida tem um momento da gota d'água, ou seja, qualquer coisa será o motivo para deflagar algo, uma reclamação, um mudada de caminho, uma guinada na nossa vida... acho que com o Brasil aconteceu isso, são tantas coisas em todos esses anos que aconteceram, mas agora é o momento, é o momento do amadurecimento, é um momento que esses meninos e meninas estão amadurecendo e percebendo que a gente não pode aceitar tudo.
O que espero, todos esperamos é que essa indignação não saia mais, permaneça para sempre, porque sangue de barata é muito cruel, um país rico, uma natureza exuberante, um país rico em minério, rico em agricultura. uma das seis economias do mundo, porém essa riqueza não é revertida para a maioria, isso é injusto, mas isso só será revertido se a maioria não ficar calada, tomara que o povo pegue gosto e veja verdadeiramente que se ficar calado vai continuar sofrendo.
Interessante pensar que daqui uns anos nas escolas será ensinado sobre a revolta dos R$ 0,20

Leia um artigo que escrevi nesse blog há um tempinho, veja que atual:
http://levyrodrigues.blogspot.com.br/2010/08/e.html#!/2010/08/e.html

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Violência, maldade

Vendo os jornais nos últimos dias, chego a ficar arrepiado com tanta crueldade, tem vezes que faço questão de não ouvir telejornal, não ver, não ler, não ouvir, tal é a crueldade das notícias, é uma morbidez só, parece que nosso ID está livre sem o menor SUPEREGO para censurá-lo, o nosso Ego não consegue mediar entre os instintos (pulsão) e a realidade, nosso superego, como disse está enfraquecido, está dopado, é o caos... por toda parte fala-se de alguém que foi morto cruelmente, foi morto porque olhou pro bandido, foi morto porque disse vai com Deus, foi morto porque não tinha dinheiro, foi morto porque era um policial a paisana, foi morto porque era filho de um policial, foi morto porque era um mendigo, foi morto porque tinha dinheiro, foi morto porque parecia com fulano... o motivo para as mortes das pessoas é torpe, não há razão lógica pra tanta maldade, tanta ira... até quem é contra  à pena de morte, que é o meu caso, acaba repensando sobre a própria opinião.  Ultimante a crueldade ganhou um vulto enorme, uma dentista foi morta queimada viva porque não tinha dinheiro no banco, um mês  depois outro dentista foi morto pelo mesmo motivo, nessa semana um rapaz teve o corpo queimado em um assalto e teve que pular do carro em movimento pra fugir dos bandidos...triste, triste
Esses dias em sala de aula eu falava sobre a individualidade, falava de como a sociedade nos tira a nossa essência e nos faz iguais aos outros, falava de como o capitalismo nos trata apenas como números, deixamos de ser uma pessoa, de ser um indivíduo para sermos um numero estatístico apenas... a banalização da vida humana chega a um ponto de popularmente um individuo morto numa avenida da grande cidade não passar de um "presunto", triste constatação da realidade. Nós pessoas boas, cheias de amor pra dar, ficamos enfezados quando ali na frente tem um motoqueiro morto, o seu corpo estendido vai fazer com que eu chegue tarde em casa, esses motoqueiros irresponsáveis... eu lembrava da música do Chico Buarque que dizia num trechinho: "Morreu na contramão atrapalhando o trafego..."amor, o que é amor? não sei o que é, mas não existe mais.
Jesus disse:  por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriará"...ele tava certo? poxa vida...será que isso não vai mudar?
Qual minha culpa nessa desgraceira de violência? o que eu posso fazer pra ajudar a mudar isso? será que a culpa disso é a pobreza? será que os políticos são culpados por isso?  será que é pelas famílias terem mudado e hoje já não serem como há 40 anos? Quem  será que têm mais culpa  os homens ou mulheres?

As mães não ficam mais em casa com seu filhos, têm que trabalhar, tem que ajudar o marido ou não tem o marido, são elas os chefes de famílias...muita coisa mudou, muitas para melhor, mas as mudanças, me parece faz com que estejamos numa fase de adaptação, acho que a lei de Darwin também está aqui, ou seja, a sociedade vai ter que se adaptar, a sociedade que sobreviver terá que ser uma sociedade melhor, onde haja mais harmonia e fiquem os melhores indivíduos da espécie, porque do jeito que está agora, ainda temos muito para evoluir, eu sei que não verei essa evolução, ou seja, não viverei pra ver os resultados.
Acho que estamos "no princípio era o caos..."
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Escrever com o coração.

Às vezes, venho aqui tentar escrever coisas diferentes do que geralmente escrevo, mas por mais diferente que eu queira ser, não difiro muito do que falo em outras ocasiões, é, mais ou menos, como um compositor musical, a gente imagina de quem é tal música pelo jeito da canção, ou sabe de quem é tal quadro pelos traços, pelos riscos, pelos tons, por coisas assim, ou seja, a arte, o escrever, o interpretar, o pintar, dançar, etc,  são coisas que vem da alma, a gente escreve o que vem de dentro por mais de fora que queiramos falar. O ator interpreta diferente de outro, ainda que fale a mesma frase, cada um traz coisas suas que são colocadas para fora no vários tipos de linguagem que temos como forma de nos comunicar com os outros e com nós mesmos.
Ao nos expressarmos, se dermos ouvidos ou repararmos em nós mesmos entenderemos muito melhor o que queremos dizer...na filosofia a principal coisa é a reflexão crítica, quem não a tiver, não tem como se conhecer, se entender, se modificar e progredir, quem não tem o mínimo conhecimento de si mesmo como entenderá o outro?
Voltando a falar de escrever, trabalho com adolescentes, principalmente as meninas se expressam muito através da escrita, os meninos bem menos, vejo que elas, muitas vezes, inconscientemente estão escrevendo para elas mesmas e até gostariam que alguém lesse aquilo que escrevem sem julgar  o que está escrito, é uma necessidade de colocar pra fora o que as incomoda,  é uma necessidade de mostrar um pouco ou muito, de si que está guardado.



Freud diz:
"Ninguém escreve para ganhar fama, que, de qualquer maneira, é coisa transitória, ou para atingir a imortalidade. Seguramente, escrevemos em primeiro lugar para satisfazer alguma coisa que se acha dentro de nós, não para as outras pessoas. É claro que, quando os outros reconhecem os nossos esforços, a satisfação interior aumenta, mas, mesmo assim, escrevemos primeiramente para nós mesmos, seguindo um impulso que vem de dentro." 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Felicidade

Hoje, venho aqui falar um pouquinho sobre sentimentos, sobre representações, coisas que para um tem sentido, mas que para outro pode não ter sentido algum. Nesses últimos dias não sei bem porque, me bateu muita saudade, não saudade de um tempo antigo, mas de pessoas próximas que não estavam tão próximas, é uma dor que é difícil definir. Eu me considero um cara alegre com momentos de tristeza, mas não sou triste, muito triste uma pessoa triste, estar triste é uma coisa, ser triste é outra.

Dialética
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
(Vinícius de Moraes)

Eu sempre fui fã da Marilyn Monroe um ícone de glamour e beleza, tristeza, desamor e dissabor, contradições, o ser humano é contraditório...a vida é assim, nem tudo o que parece é, tem pessoas que se olharmos com nossos olhos estarão transbordantes de alegria e felicidade, mas não é assim, cada um sabe o que passa no seu interior e "o coração é terra que  ninguém pisa", é muito difícil se definir, imagine a gente definir o outro. A felicidade é intransferível, pertence a cada um, ou seja cada pessoa sabe o que lhe deixa feliz e o que não permite que ela seja feliz, mas não basta saber, tem que ser, não ser feliz é muito cruel, mas quem é feliz verdadeiramente? acredito que por mais que sejamos ou nos julgamos felizes, ninguém é totalmente feliz, a felicidade é uma coisa utópica, será?