segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ficar ou não ficar, eis a questão!

Nos últimos anos, um tipo de relacionamento muito usado pelos adolescentes é o “ficar”, mas não é só os adolescentes que o usam, adultos também são usuários desse tipo de relacionamento.
Mas o que é o ficar? É namoro?
R. Não
Então é o que?
R. É ficar, ué!
Exatamente por não ser um namoro, é que gera tantos conflitos, se bem que o namoro também gere conflitos, mas voltando ao ficar, ele não é um namoro, pois pode durar só o um encontro ou pode ir ficando, ficando, ficando até acabar, mas se ficar muito tempo, não é mais ficar, é um namoro, mas pra ser um namoro é preciso que ambos estejam em concordância que é uma coisa séria, que existem obrigações que no ficar não existe, pois normalmente no ficar só rolam beijos, e, normalmente, pára por aí, salvo exceções.
Mas porque discutir o ficar? Qual o problema do ficar ?
Não é exatamente problema, mas é conflitos que derivam desse tipo de relacionamento.
Por mais que digamos que homens e mulheres são iguais, eles são diferentes em muitas coisas: biologicamente, fisiologicamente, fisicamente, e até sentimentalmente .
Nesse tipo de relação, ficar, acontece muito, uma das partes se envolver e, aí está uma das questões, pois no momento em que ficaram já estava implícito à regra de tal relação, ou seja, não há compromisso. Uma questão, que surge muito, deriva do machismo, ou seja, a menina que fica com um menino, com outro, com outro, acabará por ficar “queimada” em relações mais sérias, os meninos poderão não querer namorá-la ou, pelo menos, terá dificuldade em ser levada a sério pelos rapazes, porque ela, segundo eles, já passou na mão de muitos meninos, então dizem eles que muitos “tiraram uma casquinha”. Esse problema não acontece com os meninos, ser falado porque ficou com uma, com outra...Acontece que, muitas vezes, pra namorar sério com alguém, a menina irá procurar alguém que não participa do seu circulo de amizades.
O que acontece, é que na adolescência aprendemos muito para o nosso conviver social, ou seja, têm coisas que temos que passar para aprender a lidar com problemas no futuro. O que o adolescente quer, quer ser aceito e reconhecido como alguém individual, uma pessoa única, nem que para isso se iguale ao grupo, procurando ser diferente dos pais, dos adultos, realizando alguns padrões de comportamento que é próprio do grupo. Hoje em dia, se olharmos um grupo de meninos ou um grupo de meninas, veremos que todos são iguais e se comportam, mais ou menos, da mesma maneira.
Voltando ao ficar podemos dizer que é um padrão de comportamento do grupo, se isso é bom ou não, vai depender do ficante adolescente ou adulto.
Mas, uma coisa importante, é que não somos autômatos, andróides que não têm sentimento. Afeto, carinho, ternura, raiva ciúme, etc, são sentimentos inerentes ao ser humano. Quem está ficando deve ver se isso é bom, é legal, se gosta, se sente-se bem ou não, nesse caso (não sentir-se bem), o rapaz ou a menina deve procurar alguém para um relacionamento mais sério, onde há um compromisso e uma perspectiva de uma coisa mais duradoura porque ficar na dúvida é uma coisa que deixa qualquer pessoa sem autoconfiança e não saber se teremos aquela pessoa, que gostamos tanto, amanhã, pode ser muito ruim para algumas pessoas que se envolvem e não sabem como fazer para se declarar ao outro (que parece alheio ao seu sentimento) que não quer mais ficar e sim namorar. Parece simples, mas não é.
Resumindo: Se o ficar é bom para uns, pode não ser para outros, mas quer queiramos ou não, está aí e é uma forma de relação. Como cada um é dono do seu nariz, cada qual deve ver o que é melhor para si. Qualquer que seja o caminho sempre haverá uma consequência, isto está inerente a qualquer escolha que fizermos em nossas vidas, tudo tem um preço que teremos que pagar.

Obs. Se você concorda ou discorda do que foi escrito e quiser criticar ou fazer alguma pergunta, esteja a vontade.
Nota: Esse texto eu já havia escrito há um tempo em outro local, mas o considero muito atual, por isso o postei também nesse blog.