quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mundo moderno

Muita gente diz que o ser humano não é bom, o ser humano é ruim... na verdade, se a gente pensar bem, esse planeta estaria muito bem se não fôssemos nós, tudo o que existe de mais ruim fomos nós com nossa "razão", com nosso intelecto que fizemos, de muito, já era dito por Tomaz Hobbes: "Homo homini lupus"," o homem é o lobo do homem". Coisa simples, paisagens bonitas, rios, lagos foram destruídos por nós. As bombas, os tanques, os aviões de guerra, somos capazes de construir naves que chegam até em outros planetas, telescópios que de lá do espaço veem até uma moeda aqui na terra, misseis que lançados a milhares de quilómetros e não erram o alvo, a gente assiste um jogo de futebol que está acontecendo no Japão, ou seja, a ciência se multiplicou de uma forma que nos deixa boquiabertos, cada dia há uma evolução, coisas novas, tecnologias novas, a modernidade assusta, me assusta. onde iremos parar com tanta tecnologia?

Quando a gente vê um avião supersonico, que coisa linda, que beleza, mas qual a sua finalidade? é matar, destruir, infelizmente é isso! poderia levar passageiros, mas... o Concorde, por exemplo, tinha essa finalidade, mas não era mais viável.


Depois da ovelha dolly se fala muito em clonagem, é uma coisa que ainda é um tabu, é uma coisa ética que é muito discutida e deve ser mesmo porque em tudo que o ser humano faz, mesmo parecendo que será tão bom, por fim poder ser usado para coisas que ferem a dignidade de seres humanos. Ultimamente se fala muito no uso dos embriões humanos para a obtenção de células que consigam regenerar órgãos que estão doentes ou em vias de falências (morte do orgão com consequências graves para a pessoa), é uma discussão em que o mundo religioso faz uma pressão muito grande pra que não sejam usados esses embriões porque segundo, principalmente, a igreja católica, a partir da fecundação já seria uma vida humana, aí que entra a ética, a reflexão, o pensar o já pensado, mas existem e sempre haverá interesses de todas as partes, cada um puxa a brasa para a sua sardinha, mas temos que chegar a um denominador comum, "da discussão nasce a luz". Nessas situações precisamos deixar os dogmas de lados, os senso comum, e chegar pela razão e reflexão sem as paixões, não é fácil, mas é possível.

Não sou um humanista que acredita tanto no ser humano, sou um realista que vejo que o ser humano não é nem bom e nem mau, ou talvez seja os dois, somos bons e maus.

Mas, acredito que chegaremos a um mundo melhor, mas sem a fantasia que esse mundo será perfeito! espero que seja diminuída a injustiça, espero que o mundo seja menos cruel, onde haja espaço para todos, brancos, negros, amarelos, ricos e pobres... onde consigamos resolver o básico para uma convivência legal! que a tecnologia seja usada para o bem estar do planeta, ou seja para o nosso bem!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Afinidades

Eu conversava com uma ex-aluna, agora amiga, A Lilian, é uma menina muito bacana que demonstra por mim carinho e admiração e eu por ela. Falava ela sobre minhas aulas de Filosofia no ensino médio, falava ela sobre como está agora, falou um pouco do que tem acontecido com ela, perguntou como estou... começamos a falar sobre afinidades o porquê a gente gosta de uma pessoa de cara, essas coisas, por isso escrevo agora um pouquinho sobre o que é ter afinidades ou, pelo menos, o que eu acho sobre isso.
Quando duas pessoas se dão bem, sempre vem aquele papo, somos almas gêmeas, parece que nossa amizade, nosso amor, nossas vidas já estavam escritas nas estrelas ou as pessoas de tal signo se dão bem com o signo tal, as mulheres de tal signo se dão bem com homens de tal signo... responsabilizar os astros, os deuses pelos nossos encontros, parece que nos tornam pessoas especiais no universo, mas os céus não têm nada a ver com isso, que pena, né?
Eu particularmente acredito nas idealizações, é uma das coisas que podem explicar a gente gostar de uma pessoa, mas só as idealizações não poderiam ser as responsáveis por explicar as relações, mas eu acredito que quando a gente encontra uma pessoa com a qual aparentemente nos damos bem, uma coisa interessante são as projeções que fazemos, são coisas nossas, características que não são dele, mas sim que gostaríamos que tal pessoa tivesse. é comum a gente falar pra uma pessoa: "você me decepcionou", claro, era uma idealização, assim, o príncipe vira "sapo" mesmo, pior que o príncipe, tadinho, não tem culpa. Esse assunto de idealização é ótimo para os psicanalistas de plantão, é um assunto vasto, mas basta que nós olhemos um pouquinho em nós mesmos que veremos o quanto idealizamos uma ou várias pessoas em nossas vidas e com o passar do tempo fomos vendo que não era bem assim, o outro não tem culpa.
Não podemos negar, no entanto, que pessoas nos decepcionam verdadeiramente, tem gente que finge ser uma coisa até um dia não conseguir fingir mais, a máscara cai, isso acontece e muito!
Saindo das idealizações e voltando nas afinidades, vemos que a gente se dá bem com alguém, não quando somos diferentes do outro, mas sim quanto mais parecidos formos, quanto mais igual, melhor. Temos que ter coisas em comum, senão, não dá!
Antigamente se falava muito que uma mulher tinha que casar com um cara diferente dela e vice e versa, essa ideia já está ultrapassada. Temos que gostar de coisas que ambos gostem, por exemplo, um cinema, teatro, ler, música, o grau de escolaridade, etc. se for muito diferentes, não dá! o que precisa haver em qualquer relação pessoal, é o respeito e a aceitação, não querer mudar o outro já é uma grande coisa que a gente faz, mudar a gente mesmo, já é difícil, imagine mudar o outro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ser Velho!

Uma coisa que eu acho engraçado, é quando uma pessoa é mais velha, tem uma certa idade ao invés de ser jovial fica tentando ser um jovem forçado, se a gente der uma voltinha e nem precisa olhar muito, vai encontrar um monte de pessoas assim, metidos a mocinhos. acredito que cada idade nossa, tem o seu atrativo, a gente fala velho, mas existem "velhos" e "velhos", é bem diferente, muito diferente!! ser velho é muito mais que ter idade, ser velho é uma coisa interior! não importa a idade cronológica!! Meu avô era chamado de Sergio Velho porque meu pai recebeu o mesmo nome, logicamente um ia ser o Sergio velho ou o outro Serginho, na verdade aconteceram as duas coisas. Até hoje quando o pessoal da família ou algum amigo fala do meu avô, fala: " O Velho". Eu tenho lembranças maravilhosas do meu avô, era um cara que, embora tenha morrido com 95 anos, nunca foi um velho pra mim, estava sempre ligado, sempre fazendo alguma coisa: tocava trombone, lia muito, gostava de futebol, era Corinthiano, era um dos defeitos dele, era fã da Hortência e da Paula (jogadoras de Basquete), ele era muito divertido!

Uma pessoa com mais idade pode muito bem se dar com pessoas muito mais jovens, mas isso não deve ser forçado, se eu sou uma cara mais velho o que me levará a ser querido por pessoas mais novas?
Eu acredito que seja pelas afinidades, pelo jeito jovial, não por querer estar entre os jovens pra se sentir jovem, é uma questão muito mais profunda do que isso. Tenho um amigo que fala; "Levy, não suporto velho burro", eu falo: Como assim? ele diz: Eu acho que quando a pessoa vai envelhecendo tem que ir progredindo, usando a experiência, mostrar sabedoria, mas tem gente que com o tempo, parece que emburrece mais ainda".
Na verdade, segundo a linha da psicologia humanista, uma pessoa está saudável mentalmente quando está sempre se auto-atualizando, se renovando. Uma pessoa não pode perder o ideal, não importa a idade que tenha! Voltando ao meu avô, ele sempre me lia um ditado em latim, acho que de Cícero, em latim não lembro, mas em português seria mais ou menos assim: " Não há velho que não pense em viver mais um ano".
Veja que carta linda, que coisa linda deixada pelo General Americano Douglas Mac Artur, um dos grandes responsáveis pela vitória dos aliados na segunda guerra mundial, Mac Arthur participou de três guerras e morreu com 84 anos.
Ser Jovem
A juventude não é um período da vida; é um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor ao comodismo.
Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos... envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.
Os anos enrugam o rosto; renunciar ao ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os temores, os desesperos são inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte:
Jovem é aquele que se admira, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: "E depois"? Que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.
Es tão jovem quanto a tua fé. Tão velho quanto a tua descrença. Tão jovem quanto a tua confiança em ti e a tua esperança. Tão velho quanto o teu desânimo.
Seras jovens enquanto tu conservares receptivo ao que é belo, bom e grandioso. Receptivo às mensagens da natureza, do homem, do infinito.
E se um dia teu coração for atacado pelo pessimismo e corroído pelo cinismo, que Deus, então, se compadeça de tua alma de velho.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Excepcional, ser ou não ser!

Hoje, eu estava pensando sobre um assunto que faz parte da minha vida, faz parte, de alguma forma, da vida de quase todas as famílias, isso se não for em todas... Eu quando estava fazendo Psicologia eu tinha aula de Psicologia do "excepcional", eu pensava, como será a primeira aula? do que vai falar? eu já tinha uma ideia, mas era apenas uma ideia, por sinal errada. Antes pra poder falar do assunto, pra quem não sabe, eu Levy sou um cara deficiente físico (cadeirante), uma doença grave que produz deformidades nas principais juntas do corpo, nas mãos nos pés, essa doença me impossibilitou e impossibilita de me locomover, de ter os movimentos como qualquer pessoa fisicamente saudável... mas vamos ao assunto: na primeira aula de psicologia do excepcional, o professor falou: na nossa primeira aula podemos ver que temos um excepcional na classe, perguntou pra mim: qual o seu nome? eu falei o meu nome e ele começou a falar o que seria um excepcional, o que seria?


Um excepcional seria qualquer pessoa que deveria ter todas as funções do corpo normais, mas por ter nascido já com alguma deficiência ou mesmo se um dia viesse a perder essas funções naturais do corpo humano, seria, portanto um excepcional, por exemplo, um cego é um excepcional, uma pessoa com Sindrome de Down, um cadeirante é um excepcional, um tetraplégico é um excepcional, um surdo, deficiente mental, etc...


Uma coisa interessante e importante que eu quero falar é sobre os preconceitos que temos sobre vários tipos de defíciências, desconhecemos e não sabemos lidar com essas pessoas, uma das mais cruéis que sempre achei é a forma como são tratados, muitas vezes, as pessoas que têm paralisia cerebral, normalmente, essas pessoas tiveram anóxia, ou seja, algum problema no parto fez com que faltasse oxigênio no cérebro e essas pessoas depois perdem a coordenação motora, seus braços tem movimentos involuntários, alguns andam, mas não tem um marcha coordenada, às vezes, babam um pouco quando tentam falar, falam meio enrolado porque não conseguem falar com fluência, mas, via de regra, são pessoa inteligentes, que por terem sua mente saudável sofrem muito, sofrem por que, muitas vezes, não são tratados como pessoas inteligentes que são, esse é apenas um tipo de deficiência, são infinitas e em todas elas existem, por parte das pessoas que interagem com essas pessoas, um grau de ignorância que faz com que a qualidade de vida do excepcional seja menor aida do que, como um deficiente, deveria ou poderia ser.


Ser um excepcional, para nós, é uma questão de tempo, quem não é agora, quanto mais for vivendo, de alguma forma ou outra, um grau ou outro de excepcionalidade adiquirirá, é um reumatismo (genérico, existem muitas doenças que são reumática), um AVC (Acidente vascular cerebral) qué é um nome genérico pra tantas coisas que podem acontecer ao nosso cérebro. A própria visão a gente vai perdendo com o passar dos anos, a artrose, etc.


Na verdade, esse assunto é um assunto tão vasto que eu voltarei a falar sobre ele porque, hoje em dia, quase todas as famílias têm ou conhecem deficientes fisicos, é bala perdida que pega na coluna, acidente de moto que lesiona a coluna, etc...

Abaixo dicas relacionadas ao tema de hoje:



Um filme : "Meu pé esquerdo" com a ator Daniel Day-Lewis


Um livro:"Feliz ano velho" escrito por Marcelo Rubens Paiva contado a história do seu acidente que o deixou paralisado modificando sua vida pra sempre.