sábado, 12 de dezembro de 2015

Real ou virtual?

Mês de Dezembro, está sendo um ano muito corrido, até as crianças acham isso, uma coisa muito cruel, o tempo passar, a gente viver uma vida meia boca, na verdade a gente vê a vida passar, pouco curte a vida ou pouco curte o momento, mas o tempo passa e essa sensação de não fazer nada é muito ruim.
Uma coisa que acho triste nos dias atuais é a troca do virtual pelo real, mas o que é isso?
Para quem vive nas grandes cidades é comum demais vermos pessoas com fones de ouvido andando pelas ruas, outras telefonado e andando, outras olhando no celular se comunicando nesses comunicadores instantâneos, mas dificilmente um conversa com o outro. Coisas dos tempos atuais, espero que isso passe, há de passar. No meu ponto de vista é como se um menino estivesse com um brinquedo novo que o deixa deslumbrado... pra mim esses celulares, Smartphones são assim, são brinquedos que divertem, trazem um mundo de coisas para quem tinha uma vida tão "ociosa". 
Eu estava vendo um filme esses dias na tevê, e tinha uma cena em que os pais dos meninos os levaram para conhecer as montanhas, as matas, os rios, mas os meninos só ficavam na cabana jogando videogame, até que chegou uma hora que tiraram o videogame dos meninos, um deles disse o que vamos fazer agora? não temos nada para fazer... lá fora tinha um mundo de coisas, mas a visão dos meninos estava voltada para aquele mundo virtual, isso parece piada, mas no dia a dia não é diferente, o virtual na vida desses meninos é muito real, uma pena,  uma pena. Esses meninos atuais tem uma vida muito limitada, eles tem uma liberdade, mas essa liberdade nada mais é do que uma prisão.
Na minha vida de professor é muito deprimente a quantidade de alunos que não estão nem aí com qualquer aula, eles se refugiam atrás de um fone de ouvido desses celulares. Alguns disfarçam com suas tocas, outros com os cabelos... você vai falar com ele, quando percebe que você está falando com ele, o fulano arranca o fone para te ouvir.., muito chato isso. Esses dias em São Paulo um menino foi assassinado, porque um assaltante se irritou ao falar com o menino e ele nem ligar, era que o menino estava com um fone de ouvido e estava ouvindo o seu celular, nem sabia que estava sendo assaltado.
Não sou contra a tecnologia, muito pelo contrário, apenas acho que teremos que chegar a um equilíbrio, porque do jeito que está, não dá.
Triste e deprimente ver um bando de meninos e meninas e adultos também que ao invés de conversar com o amigo que está ao seu lado, prefere se comunicar com o virtual, ou seja, com outro mundo. Talvez o mundo real seja muito real para eles. Não sei onde vamos parar, não sei!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O carnaval da vida

Interessante o carnaval, pra alguns é coisa do demônio, pra outros uma simples festa.
O interessante é que no Brasil ele está atrelado fortemente à igreja católica, terminando o carnaval na terça-feira, na quarta-feira é a quarta de cinzas onde os católicos vão lá para seguir o ritual da igreja, então começa-se a quaresma dos católicos que tem a ver com a páscoa dos judeus, mas que para nós ocidentais é simplesmente a comemoração da crucificação de Cristo, não esquecendo que a cruz é o simbolo do cristianismo.
Interessante que as cinzas representa um recomeço, é o final de algo e começo de uma outra fase da vida.
Na letra abaixo, de Paulo César Pinheiro, fala sobre isso, ou seja o carnaval simboliza a folia, a bagunça, o caos, a destruição feita pelo homem, a desordem,  mas no final depois das cinzas há um recomeço, recomeço esse que é o sonho de todos nós, o sonho que o carnaval da vida tenha um fim e venha um recomeço após as cinzas.

As forças da natureza


Paulo César Pinheiro
e João Nogueira

Quando o Sol
Se derramar em toda sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
Os palácios vão desabar
Sob a força de um temporal
E os ventos vão sufocar o barulho infernal
Os homens vão se rebelar
Dessa farsa descomunal
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, la la la
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval