sábado, 23 de fevereiro de 2013

Escrever com o coração.

Às vezes, venho aqui tentar escrever coisas diferentes do que geralmente escrevo, mas por mais diferente que eu queira ser, não difiro muito do que falo em outras ocasiões, é, mais ou menos, como um compositor musical, a gente imagina de quem é tal música pelo jeito da canção, ou sabe de quem é tal quadro pelos traços, pelos riscos, pelos tons, por coisas assim, ou seja, a arte, o escrever, o interpretar, o pintar, dançar, etc,  são coisas que vem da alma, a gente escreve o que vem de dentro por mais de fora que queiramos falar. O ator interpreta diferente de outro, ainda que fale a mesma frase, cada um traz coisas suas que são colocadas para fora no vários tipos de linguagem que temos como forma de nos comunicar com os outros e com nós mesmos.
Ao nos expressarmos, se dermos ouvidos ou repararmos em nós mesmos entenderemos muito melhor o que queremos dizer...na filosofia a principal coisa é a reflexão crítica, quem não a tiver, não tem como se conhecer, se entender, se modificar e progredir, quem não tem o mínimo conhecimento de si mesmo como entenderá o outro?
Voltando a falar de escrever, trabalho com adolescentes, principalmente as meninas se expressam muito através da escrita, os meninos bem menos, vejo que elas, muitas vezes, inconscientemente estão escrevendo para elas mesmas e até gostariam que alguém lesse aquilo que escrevem sem julgar  o que está escrito, é uma necessidade de colocar pra fora o que as incomoda,  é uma necessidade de mostrar um pouco ou muito, de si que está guardado.



Freud diz:
"Ninguém escreve para ganhar fama, que, de qualquer maneira, é coisa transitória, ou para atingir a imortalidade. Seguramente, escrevemos em primeiro lugar para satisfazer alguma coisa que se acha dentro de nós, não para as outras pessoas. É claro que, quando os outros reconhecem os nossos esforços, a satisfação interior aumenta, mas, mesmo assim, escrevemos primeiramente para nós mesmos, seguindo um impulso que vem de dentro." 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Felicidade

Hoje, venho aqui falar um pouquinho sobre sentimentos, sobre representações, coisas que para um tem sentido, mas que para outro pode não ter sentido algum. Nesses últimos dias não sei bem porque, me bateu muita saudade, não saudade de um tempo antigo, mas de pessoas próximas que não estavam tão próximas, é uma dor que é difícil definir. Eu me considero um cara alegre com momentos de tristeza, mas não sou triste, muito triste uma pessoa triste, estar triste é uma coisa, ser triste é outra.

Dialética
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
(Vinícius de Moraes)

Eu sempre fui fã da Marilyn Monroe um ícone de glamour e beleza, tristeza, desamor e dissabor, contradições, o ser humano é contraditório...a vida é assim, nem tudo o que parece é, tem pessoas que se olharmos com nossos olhos estarão transbordantes de alegria e felicidade, mas não é assim, cada um sabe o que passa no seu interior e "o coração é terra que  ninguém pisa", é muito difícil se definir, imagine a gente definir o outro. A felicidade é intransferível, pertence a cada um, ou seja cada pessoa sabe o que lhe deixa feliz e o que não permite que ela seja feliz, mas não basta saber, tem que ser, não ser feliz é muito cruel, mas quem é feliz verdadeiramente? acredito que por mais que sejamos ou nos julgamos felizes, ninguém é totalmente feliz, a felicidade é uma coisa utópica, será?