sábado, 11 de fevereiro de 2012

Sou brega?

Um dia da semana passada, cheguei em casa, minha irmã me falou: você viu? o Wando morreu!
Fiquei triste, pensei, poxa vida, a vida não é nada mesmo.
A semana se foi, ele já foi enterrado; infelizmente é assim, morreu acabou, pelo menos nessa terra!
Eu, desde criança, sempre ouvia a sigla MPB, eu pensava, mas o que é MPB? musica popular brasileira, mas por que umas são mais populares que outras? eu achava interessante porque na época que eu era criança, esses cantores, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilbero Gil, não eram tão populares como alguns outros que vendiam muito e alegravam o povão. Na minha ingenuidade de criança, eu pensava que tudo era natural, que um cantor fazia sucesso porque sua música era boa, porque as pessoas queriam mesmo ouvir; eu não imaginava que tudo era um grande comércio onde quem mandava era o interesse e tudo girava em torno do capital, eu não sabia que a cultura era um produto que devia ser vendido, não importava a qualidade o que importava era o retorno que tal produto dava para quem investia nele. Na filosofia isso é chamado de cultura de massa, mas isso é cultura ou é apenas ideologia, propaganda, menosprezo a inteligência da massa? fica a pergunta, a massa não tem opinião própria, será que sempre a mídia faz a cabeça das pessoas para verem  e gostarem do que a ideologia quer? sera que um filme deve ser bom só porque sua propaganda é cara?´
No dia a dia, me irrita muito, quando vejo um artista estrangeiro que vem fazer shows no Brasil, quando o homem chega, começa-se a falar dele no Jornal da manhã, no Jornal da tarde, no Jornal da noite, começa a aparecer reportagens com cara de jornalismo, na verdade tudo é propaganda, o caras ficam enfiando na nossa goela, até quem não é fã, não gosta muito, acaba indo ver o artista, de tanto falarem, de tanto se comentar, parece que se o cara não gostar, não ir ver, não comprar um DVD, ele será um cara que está por fora, a mesma propaganda que se faz com produtos, se faz com um produto chamado cultura, cultura de massa, tudo isso chega a nós pelos meios de comunicação social.
Eu no início dessa fala, comecei a falar do Wando, um cara importante na música do Brasil, mas que era tido como brega, fez muito sucesso e continuará fazendo sucesso, ainda mais agora que morreu, vão fazer de tudo pra vender tudo o que ele não vendeu nesse últimos anos, é assim, não tem jeito.
Fica a pergunta pra terminar esse texto, porque senão, não paro de escrever: O que é brega e o que é "MPB"? o brega também não é MPB?
Sou da opinião que isso não existe, ou seja,  o Michael Jackson era brega? o Elvis Plesley era brega? o Roberto Carlos é Brega? o Elton John é brega? eu acho que se for ver o que é brega, seria aquilo que não tem qualidade, mas aí está uma questão porque isso é subjetivo, o que é brega hoje poderá ser o CULT de amanhã, basta a gente ver algumas músicas regravadas pela cantora Marisa Monte, adoro as regravações dela, se fosse outro cantor gravando, diriam que é brega! o Caetano já gravou músicas ditas bregas e ficou CULT.
Resumindo: a cultura de massa, de uma forma ou de outra, é sempre uma transmissão ideológica, ou para um grupo definido ou para a população em geral, quem quiser aceitar como verdade, que aceite.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Herança Virtual

Eu, já  faz um tempo, comecei a pensar sobre a questão de quando uma pessoa morre e deixa suas coisas virtuais guardadas em um site, por exemplo google, Orkut, facebook ou algum site de armazenamento de arquivos...é um assunto que há 20 anos ninguém pensava que poderia existir.
Eu tenho uma amiga, uma menina que morreu de leucemia faz uns quatro anos, ela tinha orkut, inclusive, era minha fã, ela é até hoje, espero que continue, ou seja, que ninguém exclua sua conta e de outras pessoas que conheço e que já morreram também, mas onde quero chegar com esse papo?
É uma questão que antes não havia, ou seja, uma pessoa morre e deixa arquivos virtuais guardados em algum lugar, ou a família quer manter, ou a família quer recuperar, ou excluir tais arquivos; visto que somente o morto sabia as senhas para se recuperar tais arquivos, aí que mora a questão, por exemplo, um filho muito querido morreu e ele tinha fotos e arquivos guardados em algum lugar, a família quer manter as coisas que a pessoa tinha, ou quer recuperar outras. Isso, é uma questão de direito, não tão simples quanto parece, ou seja, de quem são as coisas virtuais do falecido?
A família tem direitos compulsório sobre o que era do morto?
Ela tem direitos sobre aquilo que foi postado, ou guardado?
Por exemplo, uma página do orkut, Facebook, myspace,  a família ou uma pessoa tem direito de fuçar no perfil do morto, mantê-lo ou excluí-lo?
Há um tempinho, vi uma reportagem que teria, mas só se o falecido deixasse algo escrito dizendo que essa ou aquela pessoa teria esse direito. Complicado, isso é pra gente ver como o mundo mudou, como foi a evolução dos nossos tempos. Quer queiramos ou não, é uma questão ética, ou seja, quem tem o direito de mexer em coisas íntimas do morto? se ele não mostrava antes quando vivo, será que permitiria que outras pessoas vasculhassem seu arquivos depois de morto?
Questões dos nosso tempos, coisas virtuais, mas muito reais.