quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Adeus ano velho!!!


O ser humano é engraçado, inventa coisas para a sua destruição, e depois inventa coisas para ser lenitivos para sua dor. Eu falo do tempo que existe, claro, mas nós dividimos e subdividimos e nos tornamos escravos dele e nem vemos ele passar por ficarmos tão automatizados e escravos do relógio.
Ao chegar ao final do ano, sem duvida, é um momento de reflexão, de dar uma parada para pararmos um pouco da correria que ocorreu durante o ano todo, mas mesmo assim, mesmo nessa hora, ainda há correria e muitos pela pressa de chegar ao destino das comemorações, dos encontros, das confraternizações, muitos não comemoram e nunca mais comemoração por não terem conseguido atravessar o ano. As suas vidas foram ceifadas, muitas delas por coisas totalmente evitáveis, por exemplo, desastres de automóveis, brigas, bebedeiras,  violência, etc.
Numa cidade grande, igual São Paulo, é muito comum vermos desastres de motocicletas, vermos um corpo estirado no chão, algumas vezes sendo cuidado, socorrido pelos bombeiros ou profissionais do SAMU, mas muitas vezes a policia apenas guardando o corpo até a chegada da perícia e depois o camburão do IML, muito triste, mas é a vida real, são as coisas que acontecem todos os dias do ano aqui ou em qualquer lugar do mundo.
Importante comemorar o final do ano velho com a chegada do novo ano? claro que sim, mas isso é apenas artifícios criados por nós mesmos, como se tudo começasse novamente e não fosse uma continuação das nossas vidas; na verdade é a continuação, continuaremos apenas, continuaremos nas nossas lutas diárias, buscaremos o vil metal sem o qual no mundo capitalista não dá para se viver, e nessa ânsia talvez até com mais dívidas com as que fizemos para comemorar essas festas de final de ano.
Não querendo ser advogado do diabo, mas já sendo, eu acho importante que a gente tenha consciência da nossa finitude, tenhamos consciência da nossa pequenez no universo, tomemos consciência das nossa limitações e consigamos lidar que um dia nos tornaremos pó, muitas vezes muito antes do que imaginávamos. Sendo assim, daremos muito mais valor no nosso hoje, saibamos agradecer, seja qual for a religião ou não, mas saibamos dar valor aos nossos momentos, por que o ano é uma somatória de momentos, muitas vezes tudo se vai em um momento apenas. Muita vez como diz a música do Gilberto Gil "Tempo Rei": Mães zelosas, pais corujas vejam como as águas de repente ficam sujas, não se iludam, não me iludo, tudo agora mesmo pode estar por um segundo" 

TEMPO REI

Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito
Que tem sido
Transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar, Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não não sei
Mãe Senhora do Perpétuo socorrei

Pensamento, mesmo fundamento singular
Do ser humano, de um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo socorrei

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Jesus

Discutir religião é uma coisa que não vale a pena, mas falar de religião, da sua importância é um tipo de conhecimento dos mais necessários pra gente entender essa ou aquela sociedade.
O Brasil é um país com muitos defeitos, muita desigualdade e injustiças, mas também é um pais único, e lindo, é muito grande, um pais que tem um povo feliz, um pais em que há muito respeito religioso se comparado a outros países e povos; aqui convivem umbandistas, católicos, judeus e muçulmanos, espiritas... ninguém se mata por religião aqui.  A religiosidade está aqui desde os nossos índios e depois da colonização portuguesa e da vinda dos negros africanos o sincretismo religioso se difundiu. Existe em qualquer cidade brasileira uma igreja católica e uma Santa Casa, fruto da colonização católica. Os Jesuítas foram professores que catequizaram nossos índios, inclusive a maior capital e mais rica do Brasil, São Paulo, foi fundada por Jesuítas.
Eu fiz essa introdução pra dizer da importância do cristianismo, claro se Jesus não tivesse aparecido, a história e a geografia do mundo seria outra. Não estou aqui pra falar bem ou mal de qualquer religião, mas falar de como um homem e seus seguidores podem mudar a história, Depois da morte de Cristo seus discípulos e apóstolos foram para a Europa e difundiram os seus ensinamentos, sobretudo Paulo e Pedro que foram dois deles que muito fizeram pelo Cristianismo que não foi criado por Cristo, na verdade, Jesus era um Judeu, simplesmente o que ele pregava era a igualdade, ou seja, não importava quem fosse, bastaria crer, e segundo ele o nosso galardão não seria nessa terra, pregava o amor a Deus e ao próximo, falava da hipocrisia humana e de como o ser humano é mau.
Interessante que a pregação do amor gerou tantas guerras, tantas mortes... triste que o nome de Cristo fosse e é usado para subjugar povos e pessoas.
A religião em pleno século XXI ainda é usada como forma de dominação e opressão.
É uma pena que existam essas guerras que têm como pano de fundo a religião.
É importante que nós amantes da filosofia discutamos esses fenômenos que acontecem mundo a fora tendo como centro a religião, ou seja, "tal povo tem que sumir do mapa" porque acredita desse ou daquele jeito, é muito triste essa forma de pensar, pois povos irmãos poderiam viver em harmonia, mas não, vivem em guerra por motivos religiosos, uns se julgam especiais, uns acham que o deus dele é o que tem que ser idolatrado, quem fizer diferente disso tem que morrer.
Talvez no mundo atual se Cristo surgisse, seu fim não seria diferente do que foi há mais de 2000 anos. O mundo mudou muito, mas o ser humano, não, parece uma contradição isso, mas eu penso assim, o homem continua o mesmo, como diz Plauto e é reforçado por Hobbes : "O homem é lobo do homem", o ser humano não é  bom, é hipócrita, é teimoso, é orgulhoso, é narcisista, é egoísta, é interesseiro, é mesquinho e usa, muitas vezes, a religião como meio para conseguir os fins.