domingo, 5 de fevereiro de 2012

Herança Virtual

Eu, já  faz um tempo, comecei a pensar sobre a questão de quando uma pessoa morre e deixa suas coisas virtuais guardadas em um site, por exemplo google, Orkut, facebook ou algum site de armazenamento de arquivos...é um assunto que há 20 anos ninguém pensava que poderia existir.
Eu tenho uma amiga, uma menina que morreu de leucemia faz uns quatro anos, ela tinha orkut, inclusive, era minha fã, ela é até hoje, espero que continue, ou seja, que ninguém exclua sua conta e de outras pessoas que conheço e que já morreram também, mas onde quero chegar com esse papo?
É uma questão que antes não havia, ou seja, uma pessoa morre e deixa arquivos virtuais guardados em algum lugar, ou a família quer manter, ou a família quer recuperar, ou excluir tais arquivos; visto que somente o morto sabia as senhas para se recuperar tais arquivos, aí que mora a questão, por exemplo, um filho muito querido morreu e ele tinha fotos e arquivos guardados em algum lugar, a família quer manter as coisas que a pessoa tinha, ou quer recuperar outras. Isso, é uma questão de direito, não tão simples quanto parece, ou seja, de quem são as coisas virtuais do falecido?
A família tem direitos compulsório sobre o que era do morto?
Ela tem direitos sobre aquilo que foi postado, ou guardado?
Por exemplo, uma página do orkut, Facebook, myspace,  a família ou uma pessoa tem direito de fuçar no perfil do morto, mantê-lo ou excluí-lo?
Há um tempinho, vi uma reportagem que teria, mas só se o falecido deixasse algo escrito dizendo que essa ou aquela pessoa teria esse direito. Complicado, isso é pra gente ver como o mundo mudou, como foi a evolução dos nossos tempos. Quer queiramos ou não, é uma questão ética, ou seja, quem tem o direito de mexer em coisas íntimas do morto? se ele não mostrava antes quando vivo, será que permitiria que outras pessoas vasculhassem seu arquivos depois de morto?
Questões dos nosso tempos, coisas virtuais, mas muito reais.

Um comentário:

EM disse...

Muito interessante a sua abordagem. É uma questão real e séria. Sou favorável a que não se viole o que é protegido por senha, seja e-mail, sejam fotos, sejam perfis em redes sociais.