Eu conversava com uma ex-aluna, agora amiga, A Lilian, é uma menina muito bacana que demonstra por mim carinho e admiração e eu por ela. Falava ela sobre minhas aulas de Filosofia no ensino médio, falava ela sobre como está agora, falou um pouco do que tem acontecido com ela, perguntou como estou... começamos a falar sobre afinidades o porquê a gente gosta de uma pessoa de cara, essas coisas, por isso escrevo agora um pouquinho sobre o que é ter afinidades ou, pelo menos, o que eu acho sobre isso.
Quando duas pessoas se dão bem, sempre vem aquele papo, somos almas gêmeas, parece que nossa amizade, nosso amor, nossas vidas já estavam escritas nas estrelas ou as pessoas de tal signo se dão bem com o signo tal, as mulheres de tal signo se dão bem com homens de tal signo... responsabilizar os astros, os deuses pelos nossos encontros, parece que nos tornam pessoas especiais no universo, mas os céus não têm nada a ver com isso, que pena, né?
Eu particularmente acredito nas idealizações, é uma das coisas que podem explicar a gente gostar de uma pessoa, mas só as idealizações não poderiam ser as responsáveis por explicar as relações, mas eu acredito que quando a gente encontra uma pessoa com a qual aparentemente nos damos bem, uma coisa interessante são as projeções que fazemos, são coisas nossas, características que não são dele, mas sim que gostaríamos que tal pessoa tivesse. é comum a gente falar pra uma pessoa: "você me decepcionou", claro, era uma idealização, assim, o príncipe vira "sapo" mesmo, pior que o príncipe, tadinho, não tem culpa. Esse assunto de idealização é ótimo para os psicanalistas de plantão, é um assunto vasto, mas basta que nós olhemos um pouquinho em nós mesmos que veremos o quanto idealizamos uma ou várias pessoas em nossas vidas e com o passar do tempo fomos vendo que não era bem assim, o outro não tem culpa.
Não podemos negar, no entanto, que pessoas nos decepcionam verdadeiramente, tem gente que finge ser uma coisa até um dia não conseguir fingir mais, a máscara cai, isso acontece e muito!
Saindo das idealizações e voltando nas afinidades, vemos que a gente se dá bem com alguém, não quando somos diferentes do outro, mas sim quanto mais parecidos formos, quanto mais igual, melhor. Temos que ter coisas em comum, senão, não dá!
Antigamente se falava muito que uma mulher tinha que casar com um cara diferente dela e vice e versa, essa ideia já está ultrapassada. Temos que gostar de coisas que ambos gostem, por exemplo, um cinema, teatro, ler, música, o grau de escolaridade, etc. se for muito diferentes, não dá! o que precisa haver em qualquer relação pessoal, é o respeito e a aceitação, não querer mudar o outro já é uma grande coisa que a gente faz, mudar a gente mesmo, já é difícil, imagine mudar o outro.
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